Papo Profissional com o fisioterapeuta Diego Monroe Kurtz


Oi gente!
 
Meu nome é Diego e sou fisioterapeuta da UTI pediátrica do Hospital da Criança Conceição - Porto Alegre - RS. Concluí o ensino médio muito jovem e cheio de dúvidas de qual profissão escolher. Sobre isso aprendi uma coisa: O ser humano tem vocação para ser muitas coisas nesta vida, o problema é que não vivemos o suficiente para poder ser tudo que gostaríamos então fazemos escolhas. A fisioterapia foi a minha escolha. Naquela época três coisas foram decisivas: 1- O teste vocacional que fiz; 2 As perspectivas da minha profissão no mundo do trabalho; 3 Não ter medo de mudar o rumo se as coisas não saírem como vc imaginou.
 
1- O teste vocacional:
Fiz um teste com minha mãe que é pedagoga. E o resultado foram vocação para as áreas da saúde, artes cênicas e ciências sociais.
 
2- As perspectivas da minha profissão no mundo do trabalho:
A partir do teste vocacional adquiri um guia de profissões e comecei a me informar sobre profissões que me interessavam dentro das áreas que me surgiram no teste. A fisioterapia se apresentava como a profissão do futuro e com perspectiva de emprego e bom salário. Com o tempo percebi que não era bem assim...
 
3- Coragem para mudar o rumo se as coisas não saírem como vc imaginou:
Chega a hora que vc tem que decidir! É pegar ou largar! Faça isso sem medo. O ser humano é um arranjamento de coisas. E as descobertas assim como o aprendizado não são coisas lineares. A vida não é linear! E que monótono seria se assim fosse. Portanto, lembre-se que mudanças de rumo não significam fracasso. Você pode perfeitamente iniciar uma formação e trocá-la por outra sem problemas.
 
Especificamente sobre a fisioterapia como profissão minha dica é a seguinte:  antes de escolher se vc quer ser fisioterapeuta procure saber, em primeiro lugar, se pretendes ser um profissional da saúde. Isso mesmo! A fisioterapia é uma profissão da saúde e não da doença. Se enganam os que só se imaginam fisioterapeuta para atender doentes. Cada vez mais é exigido do profissional fisioterapeuta compreender a saúde de forma mais abrangente para inserir-se em processos de trabalho envolvendo pessoas saudáveis. Pense nisso! Será importante logo ali na frente! 
 
Outra coisa: Durante 2 anos desempenhei a função de fiscal fisioterapeuta no CREFITO-5. Com isso consegui me apropriar da realidade da fisoterapia no Estado do RS. Percebi que o sonho da "Clinica de fisioterapia" como grande negócio, é para poucos; muito poucos! Portanto, se é para isso que estás optando pela Fiso, na boa, mude de rumo e ganhe tempo. No meu entender, o mercado das clínicas e consultórios está saturado. O modelo de atenção em saúde exigido pelo SUS atualmente está fazendo com que Estados e Municípios cada vez mais estruturem suas equipes de saúde com profissionais fisioterapeutas. Esta tem sido a tônica da nossa profissão nos últimos anos. Penso que ingressar na fisoterapia buscando formação para ser um trabalhador do SUS, pode ser uma boa alternativa nos dias de hoje. E não esqueça: Coragem para mudar o rumo se as coisas não saírem como vc imaginou. Boa Sorte!
 
Quer saber mais sobre Diego? Acesse www.bonecosdagente.com

Papo Profissional com o engenheiro eletricista Fábio Medeiros

Oi, pessoal! Meu nome é Fábio, sou engenheiro eletricista formado pela UFRGS em 2004. Antes de falar da minha experiência profissional, desejo aproveitar este espaço, cedido pelo Rafael, para esclarecer alguns equívocos a respeito da minha profissão.
Primeiro equívoco é sobre o título. Muitas pessoas dizem que quem se forma em Engenharia Elétrica é engenheiro elétrico.  Isto é errado.  O correto é engenheiro eletricista.
O segundo equívoco é muito comum: a de que engenheiro eletricista trabalha em instalações prediais, geração de energia (Itaipu) e distribuição de energia (manutenção dos fios de energia e transformadores). Isto é meia verdade. Os profissionais que trabalham nesta área são engenheiro eletricista especializados em eletrotécnica. 
O curso de Engenharia Elétrica é um curso generalista. É base para eletrônica, telecomunicações, computação, automação, controle, geração e distribuição de energia, mecatrônica. Para melhor entender esta expressão “curso generalista”, vamos fazer uma comparação com curso de medicina o qual é bastante conhecido. Os profissionais que estudam medicina durante 6 anos se formam médicos, ou seja, clínicos gerais. No caso do curso de Engenharia Elétrica seria engenheiro eletricista. Depois, os médicos se especializam em cardiologia, oftalmologia, neurologia, pediatria e etc. No caso da engenharia elétrica, se especializa em eletrônica, ou telecomunicação, ou automação e controle, ou geração de energia e etc.  
Muitas universidades, inclusive a UFRGS, criaram cursos de graduação mais específicos, ou cursos afins, por exemplo, engenharia da computação ou engenharia eletrônica.  O engenheiro da computação ou eletrônico é um engenheiro eletricista que se especializa em Hardware (placas de circuito impresso) e FIRMWARE (programas para máquinas). Ambos os cursos são muito parecidos, os dois profissionais concorrem no mesmo lugar de trabalho e dificilmente os dois cursos serão encontrados na mesma universidade. 
Atualmente, estou fazendo mestrado na UFRGS em Controle e Automação, dou aula de Eletrônica de Potência, Instrumentação e Desenho Técnico na Escola Técnica Mesquita e também trabalho numa empresa que fabrica Nobreaks (Logmaster Tecnologia, www.logmaster.com.br). Desenvolvo Hardware e firmware. Portanto, fiz um curso generalista, Engenharia Elétrica, e agora estou me especializando em Controle e Automação. Poderia ter feito direto o curso de Engenharia Controle e Automação, e neste caso eu teria saído da universidade com maior conhecimento do meu trabalho, mas não saberia nada sobre outras áreas da engenharia elétrica, como eletrotécnica. Esta situação é motivo de polêmicas que desejo discutir em outra oportunidade, talvez numa troca de e-mail com quem se interessar pelo curso de Engenharia Elétrica ou pelos seus cursos afins.  
Estou a disposição no e-mail: fabio.medeiros@ig.com.br

Papo Profissional com a farmacêutica Ana Paula Dambros Taschetto

Olá pessoal, meu nome é Ana Paula Dambros Taschetto, sou farmacêutica bioquímica, formada pela UFSM. Conclui minha graduação em 2003, com muitos sonhos e perspectivas, porém quando me deparei com o mercado de trabalho, percebi que a realidade era bem diferente do que havia idealizado.
Desde lá, tenho vivenciado grandes mudanças na profissão, mudanças, estas, bastante positivas, pois estamos conquistando e consolidando nosso espaço, entre os demais profissionais da área da saúde. Isto é fruto de muita dedicação dos profissionais farmacêuticos, que a cada dia, demonstram o quão importante e fundamental é o seu papel. Seja na pesquisa, no desenvolvimento de novos fármacos, nos laboratórios de análises clínicas, nas farmácias e drogarias, nas farmácias hospitalares, nas distribuidoras de medicamentos, na área de tecnologia de alimentos, em equipes multidisciplinares no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde), entre outros tantos campos de atuação.
Bom, mas meu objetivo aqui no blog, não é ficar descrevendo as várias áreas de atuação do profissional farmacêutico, mas sim trazer um pouco da minha experiência profissional.
Nestes 8 anos de profissão, já atuei em farmácia, drogaria, laboratório de análises clínicas e no SUS. Foi durante a minha atuação no SUS que realmente descobri o que me realizava na profissão e o caminho que queria dar à minha carreira profissional. É, podem acreditar, levei 6 anos para “me encontrar” na profissão. Foi neste momento da minha vida profissional, que descobri a minha realização em passar conhecimento, não que eu soubesse muito, bem pelo contrário, sei que tenho muito a aprender, mas o pouco que sabia era muito para aqueles pacientes que participavam das minhas palestras sobre interações medicamentosas, importância do seguimento rigoroso ao tratamento prescrito, da maneira correta de guardar, de ingerir os medicamentos, entre tantos outros temas. Percebendo o meu entusiasmo e realização nesta atividade, resolvi retornar ao meio acadêmico. E, em 2010, conclui meu mestrado, e neste mesmo ano, pedi exoneração de meu cargo público para poder me dedicar ao projeto de doutorado.
Gostaria de deixar como mensagem, a todos os futuros profissionais, com este pequeno relato das minhas vivências como farmacêutica que o mundo de trabalho não é um mar de rosas que idealizamos durante a graduação, mas o importante é buscarmos aquilo que nos satisfaz, que nos realiza e não desistir diante dos desafios profissionais.

E-mail para contato:anapaulataschetto@gmail.com

Papo Profissional com o técnico em Automação Industrial Alexandre Oliveira

Olá Pessoal, sou Alexandre Oliveira formado em Automação Industrial e Informática (T.I). Atuo na área de tecnologia aproximadamente há 10 anos. Inicializei minha carreira estagiando da seguinte forma, como não tinha recursos para financiar um curso de informática avançado na época, trabalhei em uma escola de Informática com uma bolsa, conseguia assim, estudar e pleitear o custo do curso, pois a bolsa era de mesmo valor do curso desejado. Foi a forma inicial de entrar na área e adquirir algumas experiências.

Na área de Automação Industrial (Mecatrônica), minha formação foi na Escola Técnica Mesquita, onde ocorreu meu primeiro emprego de carteira assinada. Resumidamente, o campo de atuação deste profissional pode ser dividido em duas áreas: atuação ligada mais a Hardware ou a Software (como na Informática). Para quem se identifica por partes mais práticas (Hardware), a atuação ocorre em áreas como suporte técnico, montagem de painéis, instalações elétricas, manutenção de equipamentos, entre outros. Na área de Software, pode-se atuar em desenvolvimento de programas para CLP, desenvolvimento de Softwares Supervisório (SCADA), aplicações industriais dedicadas, desenvolvimento de novos produtos, entre outros.
Em termos gerais, o mercado de atuação na área de automação industrial, é um pouco mais restrito em relação à área da informática, mas o profissional de Automação, pode atuar ainda em diversas outras áreas e atividades, por sua formação ampla, podendo atuar em Eletrônica, Mecânica, e até mesmo na própria Informática.
O mercado de Automação no RS, assim como no Brasil, esta mantendo certa ascensão, pois o crescimento da área é diretamente proporcional ao crescimento da indústria, ficando quase como uma fórmula “cresce indústria = cresce a automação paralelamente” 

Na área de Informática (TI), minha formação foi na Escola Técnica Alcides Maya. Sobre o mercado de informática, tem diversos campos de atuação, mas basicamente, é dividido em duas principais áreas, Infra-Estrutura e Programação. A infra-estrutura demanda atividades mais relacionadas a Redes, Equipamentos de Telecom, Hardware e também um contato mais direto com os usuários. A Programação tem atividades mais focadas no desenvolvimento de softwares, criação de sites e banco de dados, tendo muito pouco contato com o usuário final. É um trabalho mais individual e exige grande concentração.
No mercado, para programadores, há maior expansão de oportunidades de trabalho, pois existe uma grande busca por profissionais da área com conhecimentos específicos, onde se exige muita qualificação e os cursos/certificações são de custos elevados, tornando o mercado mais atrativo em termos de remuneração ao profissional voltado a esta área.

O mercado da Ti está aquecido, mesmo em épocas de desaceleração da economia global, o mercado não se mostrou em decréscimo acentuado. No Brasil, pelo contrário, manteve as oportunidades de trabalho existentes, e até mesmo criou novas vagas, principalmente as no desenvolvimento de softwares, de aplicativos para celulares e games.
Espero poder ter contribuído para a proposta do Professor Rafael, e fico a disposição para maiores informações ou dúvidas. Meu contato de e-mail é alexandresilvaoliveira@hotmail.com

Atenciosamente.

Alexandre Oliveira

Papo Profissional com o administrador Pedro de Almeida Costa


O Profissional da área de Administração tem – ou precisa ter - uma formação e uma atuação interdisciplinar. O que se quer dizer com isso? Para executar a sua atividade ele precisa conhecer e saber utilizar conhecimentos que vem de muitas áreas diferentes. O seu ambiente de trabalho são as organizações em geral: empresas, que podem ser públicas ou privadas, governos ou outras organizações, como as do chamado terceiro: entidades que tem finalidades diferentes de governos ou empresas, como associações, cooperativas ou quaisquer outras formas coletivas de trabalho ou mesmo de lutas sociais.
Todas essas formas de organização são agrupamentos coletivos com determinadas finalidades bem particulares. Cada particularidade de um tipo de empresa ou de organização vai precisar mobilizar diferentes recursos para atingir os seus objetivos. Para isso também vai reproduzir, numa escala menor, a complexidade das relações sociais do ambiente onde está inserida. É dessa complexidade que emerge, então, a demanda por uma formação e atuação interdisciplinar do profissional de administração: ele ou ela precisarão conhecer aspectos importantes de direito, psicologia, economia, sociologia, contabilidade e filosofia para poder “navegar” nesses ambientes.
Além desses conhecimentos de outras áreas, a própria Administração também tem as suas subdivisões e especialidades, conforme as diferentes funções em que a complexa tarefa de administrar se divide: por exemplo, produzir, vender, calcular, etc....tarefas que envolvem um longo e detalhado processo de planejamento, de organização, de direção e de controle. Novamente, essas subdivisões também ganham contornos bem específicos nos diferentes tipos de organizações mencionadas. A essa altura, o nosso leitor já percebeu que além de qualidades e preparação técnica, a Administração envolve um componente humano muito forte, uma vez que todos os seus processos passam pela organização do trabalho coletivo. Trata-se de refletir e experimentar permanentemente sobre a forma como as pessoas se organizam em sociedade para produzir e viver. É evidente, portanto, que esse ou essa profissional também precisa passar pela experiência de administrar para completar a sua formação. Como todo processo de aprendizagem significativa, na Administração também é preciso que se viva o que se aprende, que se experimente e modifiquem os conhecimentos constantemente, o que constitui a grande contribuição da Administração para a construção de um futuro próspero, sustentável e justo.

Pedro de Almeida Costa é professor na Escola de Administração da UFRGS e doutor em Administração pelo Programa de Pós-graduação da mesma Escola. Tem 43 anos e já trabalhou em organizações públicas e privadas, além de várias atividades de consultoria e formação/educação. Sua área de pesquisa e interesse mais intenso hoje é a da Administração Pública e Social, campo que procura conhecer e entender as dinâmicas organizativas alternativas, que desafiam os desenhos organizacionais tradicionais (como empreendimentos e movimentos populares) e faz uma incursão em espaços públicos onde acontecem dinâmicas locais de desenvolvimento que desafiam os paradigmas dominantes de pensamento.

Contatos pelo: pacosta@ea.ufrgs.br

Papo Profissional com o cientista da computação Marcelo Rocha da Silva (28/10/2011)


Oi, meu nome é Marcelo Rocha da Silva e trabalho com informática. Sou formado em informática, tenho MBA (Master in Business Administration) em Gestão empresarial e Mestrado em Ciência da Computação (trancado, ninguém é perfeito :-( ). Lecionei em cursos técnicos e na graduação por 17 anos e também atuo como consultor da área.
O que falar do profissional da informática? É um tanto quanto difícil, pois a informática está em tudo, celulares, sistemas, internet, tablets, e uma infinidade de coisas. Bom, vamos falar um pouco do mercado e depois vou segmentar a área de informática.
O mercado de informática está super aquecido, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, sendo assim, o profissional de informática dificilmente ficará sem oportunidades, mas para isso, é preciso, como em qualquer outra área, que se goste do que se faz e se faça bem feito. O mercado é exigente, e o profissional precisa estar preparado, pois, além de exigente, o mercado é muito ágil, há de se manter atualizado!
Agora vamos falar das opções da área. Como falei, a informática está em tudo, mas podemos dividir em duas grandes áreas: Desenvolvimento de sistemas e suporte técnico, sendo o desenvolvimento de sistemas a área que faz os aplicativos ou sistemas para computadores, tables, celulares, que envolve banco de dados, análise de sistemas e programação, e o suporte técnico se envolve mais com a parte física, os equipamentos em si (computadores, servidores, etc), além de configuração de redes de computadores e sistemas operacionais (Linux, Windows, Mac OS, etc).
De modo geral, não conseguirei esgotar o assunto aqui, mas o que foi exposto é o básico da área e estou à disposição para continuarmos este papo profissional pelo e-mail professormrs@gmail.com

Papo Profissional com o dentista Dr. Carlos Braga

Odontologia:

A odontologia é a profissão aonde são prevenidas e tratadas as doenças que afetam a cavidade oral, tanto dentes quanto tecidos moles, músculos, ossos e articulações que compõem o sistema stomatognático.
A odontologia possui várias especialidades, entre elas próteses que repõem dentes perdidos; endodontia que trata canais; implantodontia que repõe dentes através de pinos de titâneo etc. Normalmente os cursos de graduação duram de 8 a 9 semestres e os profissionais formados que desejam especializar-se ingressam em cursos de pós-graduação, tanto em nível de especialização, quanto de mestrado e doutorado.
A odontologia é uma bela profissão pois permite ao  profissional, em muitas situações, devolver o sorriso aos seus pacientes, contribuindo assim para que muitos retornem ao convívio social, elevendo sua autoestima.
Atualmente a odontologia atua fortemente com ações preventivas, diminuindo significativamente os índices de cárie, como também o diagnóstico precoce de câncer bucal. Assim sendo a odontologia é uma profissão aonde o profissional provem seu sustento ao mesmo tempo em que contribui para alegria e bem estar da população.

Se você quiser saber mais sobre a minha profissão, pode escrever para: cbragga@ig.com.br

Dr. Carlos Braga - Especialista e Mestre em Prótese Odontológica

Papo Profissional com o advogado Alexandre Schubert Curvelo

Olá, meu nome é Alexandre Schubert Curvelo. Desde 2004, sou advogado, mestre e doutorando em direito - sou também professor universitário na PUCRS. Isso significa dizer que sou graduado (bacharel) em direito e devidamente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. Em geral, os advogados (tendo em vista a extensão da matéria jurídica) procuram atuar em áreas específicas do conhecimento jurídico, eu, por exemplo, atuo na área do direito público e, mais especialmente, do direito administrativo (ramo do direito que estuda as relações do Estado com os cidadãos, disciplina dos serviços públicos, atividades de fiscalização, servidores públicos, improbidade administrativa). A função do advogado do advogado é essencial ao estabelecimento (formal e material) da justiça. Sem a atuação do advogado não é possível estabelecer os três pólo da relação processual (acusação, defesa e juiz - que é o terceiro imparcial). No que diz respeito à atividade de defesa, incumbe ao advogado defender o acusado tendo por objetivo ver observadas as garantias constitucionais (liberdade de ir e vir, contra a aplicação de sanções penais, por exemplo). É muito comum as pessoas não entenderem o motivo pelo qual todos têm direito à defesa. Mesmo o mais cruel dos ditadores ou o mais implacável dos criminosos têm direito à observância de garantias constitucionais que igualam os cidadãos. Isso não significa que se possa confundir o advogado com a pessoa que ele defende (o cliente), pois o advogado tem o dever de apenas atuar na chamada defesa técnica, isto é, na formatação de atos praticados no processo em solenidades formais (audiências, sessões de julgamento) ou através de petições (pedidos escritos) feitos no processo judicial.  
O advogado tem a função não apenas de atuar na defesa daquele que é acusado  (réu em um processo judicial), mas de atuar positiva e ativamente propondo ações com o objetivo do reconhecimento de direitos que não são observados pelo Estado, requerendo ordem judicial para que ele atue (por exemplo, determinando em favor de  alguém um leito hospitalar, realização de um exame ou pedido de indenização por um ato do Estado ou particular); propondo ações para que o Estado reconheça direito de aumento da remuneração por parte dos servidores públicos, de alguém que participa de uma licitação pública e foi indevidamente afastado da competição. De acordo com o que determina a Constituição Federal, a advocacia é essencial à justiça.
A advocacia é exercida em caráter privado (meu caso), isto é, quando o profissional é remunerado por honorários advocatícios estabelecidos em contratos com seus clientes e mediante remuneração determinada nos processos judiciais pelos juízes (quem perde o processo judicial, sucumbe = paga as custas do processos e honorários para o advogado do outro). O advogado privado pode atuar, como eu faço, em consultoria para empresas ou pessoas físicas, orientando condutas, dando posições sobre como atuar dentro dos limites permitidos pela Lei, como, igualmente, pode atuar na Justiça, na defesa ou propositura de processos. Tendo inscrição na OAB em caráter nacional, o advogado pode exercer a advocacia em todo o território nacional. Existem também os advogados públicos, que são bacharéis em direito, com inscrição na OAB, e que passaram por concursos públicos, atuando na defesa das pessoas que não possuem dinheiro para pagar profissionais (os defensores públicos, que podem ser do Estado ou da União federal), os procuradores do Estado (profissionais que advogam em favor do Estado-membro, por exemplo, do RGS), procuradores dos Municípios  e os procuradores da União (atuam em defesa da União Federal). Os advogados públicos são remunerados por subsídios pagos pelo Estado, Município ou União, sendo normalmente proibido o exercício concomitante da advocacia privada. Ainda é possível ao advogado atuar como empregado de empresas, defendendo exclusivamente o interesse delas, normalmente, em departamentos jurídicos.
A advocacia é uma atividade apaixonante em função do seu dinamismo, determinado às vezes pela própria natureza do  direito. Como o direito é fértil no que diz respeito à interpretação das leis e modo de aplicação de seus dispositivos, é possível, observados alguns parâmetros, a criação de teses que, posteriormente, quando reconhecidas reiteradamente pelos tribunais, criam a chamada jurisprudência (conjunto de decisões judiciais). A jurisprudência é uma importante fonte de criação do direito, sendo, para a sua criação, indispensável a atuação dos advogados, tendo em vista que os juízes apenas podem julgar as causas quando propostas por advogados ou pela acusação. Ou seja, se um juiz verifica que alguém, por exemplo, não possui leito hospitalar para ser atendido, sem o processo para determinar uma decisão em favor daquela pessoa, ele nada pode fazer. 
A atividade dos advogados é fiscalizada pela OAB, sendo que é proibido ao advogado negar-se a prestar informações de seus processos aos clientes. Atualmente, com a informatização dos sistemas processuais dos tribunais, é possível que os clientes exercitem certo controle sobre o desenvolvimento do processo judicial, o que moraliza ainda mais o exercício da advocacia por meio da transparência da atuação do advogado. 
Gosto, com o passar dos anos, cada vez mais da minha profissão. Eu mesmo aprendi, ainda na faculdade de direito, que a advocacia é uma profissão nobre, através das quais são defendidos os direitos mais essenciais do ser humano, sendo que a defesa constitui inegavelmente elemento determinante para que se estabeleçam decisões justas, do ponto de vista jurídico. Através da advocacia, posso influenciar positivamente na vida das pessoas, ajudando na obtenção de algo que não teriam não fosse o processo por mim conduzido, ou mesmo na defesa de suas garantias quando indevidamente acusados por algo que não cometeram. 
Para ser um bom advogado é importante conhecer o direito, especializar-se, pós-graduar-se, enfim, manter de forma contínua o apego aos livros e ao estudo. Porém, não menos importante, é preciso incorporar princípios éticos, morais e, acima de tudo, o senso de responsabilidade na defesa dos interesses da sociedade, atuando em favor e permitindo seja feita a justiça no caso concreto.

Um abraço,
Alexandre Schubert Curvelo
E-mail para contato:alexscurvelo1@hotmail.com

Papo Profissional com a jornalista Letícia Duarte

Bem, eu poderia começar falando um monte de coisas bonitas sobre o jornalismo, mas como essa profissão tem a missão de retratar com a máxima fidelidade os fatos, preciso dar a real: o jornalismo, na verdade, é a melhor e a pior profissão do mundo. Ao mesmo tempo!

É a melhor porque, por meio dele, a gente pode transitar por diferentes mundos, entrevistar desde a dona Maria lá na vila até os governantes em seus palácios, denunciar injustiças, viajar por uma série de lugares improváveis, conhecer outras culturas e ter a oportunidade de testemunhar alguns momentos históricos – seja lá uma eleição, um terremoto ou até uma guerra (é... jornalista é uma criatura que gosta de emoções fortes!).

Só que isso tudo tem um preço. E é aí que entra a parte da “pior profissão do mundo”, porque o jornalismo exige uma dedicação que às vezes beira ao sacerdócio. Se você trabalhar em um veículo diário, como jornal, TV ou rádio, você vai trabalhar aos finais de semana e pode esquecer os feriados. Seu salário provavelmente não vai ser lá grande coisa. E é provável que você muitas vezes não consiga sair do trabalho na hora esperada, porque nesta profissão o que vale não é o cartão-ponto: quem dita o ritmo são os acontecimentos. (Claro, você também pode optar por outras áreas dentro da profissão. Geralmente, quem quer ter uma vida um pouco mais regrada opta por uma assessoria de imprensa. Você também pode trabalhar com jornalismo digital e os mais variados projetos).

De maneira geral, é uma vida um tanto frenética e, por isso, mesmo apaixonante. Lembro que, na faculdade, os professores diziam que o jornalismo é uma espécie de cachaça. Às vezes ela nos maltrata e nos deixa meio “sequelados”, mas é um vício que ao mesmo tempo nos proporciona tanto prazer que não conseguimos largar!

No meu caso, já estou neste vício há 11 anos. Comecei a trabalhar em um jornal ainda durante a faculdade, lá em Caxias do Sul, onde nasci. Quando estava terminando a faculdade, em 2002 ganhei o Prêmio Esso de Jornalismo (Regional Sul), um dos mais importantes do país, por uma série de reportagens sobre prostituição infanto-juvenil na Serra Gaúcha. De lá para cá, não parei. Atualmente trabalho no jornal Zero Hora, na editoria de Política. Se é que jornalismo é uma cachaça, continuo inebriada!

Para ser um bom jornalista, é importante gostar de ler e escrever, de estar por dentro do que acontece na sociedade, de se interessar pelo mundo e pelas pessoas. Mas o pré-requisito mais importante é ser apaixonado pelo que faz. Sabe como é... o jornalismo não perdoa os fracos. 

Se você quiser saber mais sobre a minha profissão, pode escrever para leticia.duarte@zerohora.com.br ou leticia.africa@gmail.com

Letícia Duarte – jornalista

Papo Profissional com Jones Fiegenbaum - Arqueólogo e Historiador

Olá, meu nome é Jones Fiegenbaum, e trabalho
com arqueologia desde 2002. Sou formado em
História e tenho mestrado na Área de Arqueologia.
Durante 6 anos trabalhei com arqueologia voltado para a academia, dentro da universidade.
Já em 2009, trabalho com um ramo da arqueologia que vem crescendo no país, a Arqueologia de Contrato.
O profissional deve realizar um levantamento preliminar da área projetada, avaliando os vestígios arqueológicos que ela contém e, a partir daí, produzir um diagnóstico do patrimônio cultural e histórico envolvido. Deverá, ainda, avaliar o grau de impactos que o patrimônio poderá sofrer, propondo alternativas que minimizem as perdas.  
A Arqueologia pode ser definida como a ciência que estuda o passado humano a partir dos vestígios e restos materiais deixados pelos povos que habitaram a Terra. Para realizar seu trabalho, o arqueólogo lança mão de diversos procedimentos. Em campo, procura identificar e escavar sítios arqueológicos, onde documenta estruturas e coleta objetos que pertenceram ao cotidiano de uma determinada sociedade. Em seguida, inicia a fase de estudos e trabalhos sistemáticos em laboratório, onde procura relacionar os objetos coletados ao grupo que os produziu e ao seu modo de vida. Logo, a pesquisa arqueológica exige muito esforço e dedicação em campo, mas não afasta um trabalho intelectual intenso em laboratório.
As responsabilidades do arqueólogo vêm aumentando a cada dia, já que ele é incumbido de resgatar e conservar a herança cultural humana, lidando com um patrimônio tão frágil e finito quanto os próprios recursos naturais existentes em nosso planeta. Ao arqueólogo não cabe apenas investigar as pirâmides do Egito ou os monumentos clássicos gregos e romanos. Ao contrário, a Arqueologia está se diversificando cada vez mais e, no Brasil, é possível encontrar pesquisadores em atividade na Mata Atlântica, nas dunas do Nordeste ou em meio à floresta Amazônica.
Meu e-mail é jones@universo.univates.br e estou a disposição para continuar este papo profissional.
Saiba mais: 

Inscrições abertas para Cursos Técnicos da Rede Estadual

Estão abertas as inscrições para Cursos Técnicos nas Escolas Estaduais, GRATUITO:
Até dia 31/10/2011

Saiba mais em: http://www.educacao.rs.gov.br

Escola Técnica Estadual Parobé
TEC EM ELETROTÉCNICA
TEC EM ESTRADAS
TEC EM MECÂNICA
TEC EM EDIFICAÇÕES
TEC EM ELETRÔNICA

Escola Técnica Estadual Irmão Pedro
TEC EM CONTABILIDADE
TEC EM PUBLICIDADE
TEC EM SECRETARIADO

Escola Técnica Estadual José Feijó
TEC EM CONTABILIDADE

Colégio Estadual Protásio Alves
TEC INFORMÁTICA - INTERNET
TEC EM INFORMÁTICA
TEC EM ADMINISTRAÇÃO
TEC EM CONTABILIDADE

Colégio Estadual Dom João Becker
TEC INFORMÁTICA - INTERNET
TEC EM INFORMÁTICA
TEC EM QUÍMICA

Escola Estadual Normal 1º de Maio
APROV DE EST DO CURSO NORMAL

Instituto Estadual Dom Diogo de Souza
TEC EM ADMINISTRAÇÃO
TEC EM CONTABILIDADE

Escola Técnica Estadual Ernesto Dornelles
TEC LAB DE PRÓTESE ODONTOLÓGICA
TEC EM NUTRICÃO E DIETETICA
TEC EM DECORAÇÃO

Escola Estadual Técnica Saúde no Hospital de Clínicas
TEC EM ANÁLISES CLÍNICAS
TEC EM GERÊNCIA EM SAÚDE
TEC EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
TEC EM RADIOLOGIA

Colégio Estadual Eng. Ildo Meneghetti
TEC EM GESTÃO EMPRESARIAL

Cursos de Graduação em Arqueologia

Cursos de Graduação em Arqueologia no Rio Grande do Sul:
 
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) – Pelotas – RS
Universidade Federal do Rio Grande (FURG) – Rio Grande – RS
 
Cursos de Graduação em Arqueologia no Brasil:
 
Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Iranduba – AM
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Belo Horizonte – MG
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Recife – PE
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) – Porto Velho – RO
Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Laranjeiras – SE
Universidade Federal do Piauí (UFPI) – Teresina – PI
Universidade Federal do Vale do São Franscisco (Univasf) – São
Raimundo Nonato – PI
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (UCG) – Goiânia – GO

Perfil do candidato ao Curso de Arqueologia


- Interesse por temas ligados às Ciências Sociais, em especial às
questões culturais.
- Capacidade de reflexão e ação críticas.
- Criatividade e disposição à independência intelectual.
- Aptidão para a pesquisa e investigação científica.
- Gosto pela leitura e escrita.
- Disposição para trabalhar em equipe.

Informação e orientação para uma melhor escolha profissional

Este é um Blog onde você encontrará relatos de profissionais das mais diversas áreas, bem como notícias e informações sobre Universidades, Faculdades, sobre o acesso ao Ensino Superior, além de notícias sobre Vestibulares, Cursos e Escolas Técnicas e informações sobre profissões, escolha profissional entre outras coisas. É um espaço para troca de informações e orientação profissional destinado aos alunos do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos do Colégio de Aplicação UFRGS. No espaço "Papo Profissional" você pode conhecer algumas profissões a partir do relato e da vivência de profissionais experientes e que estão a sua disposição para tirar suas dúvidas, para conversar pessoalmente ou por e-mail.

Vestibular UFRGS

Concurso Vestibular 2012

  • Período de Inscrições: 06/09 a 05/10/2011 
  • Período de Provas: 08 a 11/01/2012
Saiba mais em: http://www.vestibular.ufrgs.br/